20 de outubro de 2010

Língua, Sujeito, Política e Sociedade

JORNADA INTERNACIONAL
LÍNGUA, SUJEITO, POLÍTICA E SOCIEDADE

Universidade do Vale do Sapucaí – Univás
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem –
Linguagem e Sociedade
Núcleo de Pesquisa em Linguagem - NUPEL

Dia: 4 de novembro de 2010

Local: Salão de Eventos da unidade Fátima - Univás
Pouso Alegre – MG

Inscrições gratuitas no local.

PROGRAMAÇÃO

9h30 Abertura

Prof. Dr. Félix Carlos Ocáriz Bazzano – Reitor
Profa. Dra. Daniela Francescato Veiga – Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Eni de Lourdes Puccinelli Orlandi – Coordenadora do Mestrado em Ciências da Linguagem
Profa. Dra. Ana Cláudia Fernandes Ferreira – Coordenadora do Núcleo de Pesquisas em Linguagem

10h Conferência
Palavras da guerra e guerra das palavras: a linguagem bélica de Paolo Sarpi
Romain Descendre

Professor Romain Descendre é mestre de Conferências de Estudos Italianos da École Normare Supérieure Lettres et Sciences Humaines de Lyon (ENS- LSH) e membro do Institut Universitaire de France (IUF). Suas pesquisas se situam no âmbito dos estudos de Filologia Política, notadamente sobre o pensamento político italiano nos séculos XVI e XVII.

14h30 Mesa-redonda
Coordenadora – Profa. Dra. Eni de Lourdes Puccinelli Orlandi

Por uma teoria discursiva da resistência do sujeito
Profª. Eni de Lourdes Puccinelli Orlandi

Professora Eni Orlandi é coordenadora do Mestrado em Ciências da Linguagem da Univás, coordenadora do Laboratório de Estudos Urbanos e professora colaboradora do Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP. A autora desenvolve suas pesquisas nas áreas de Análise de Discurso, Epistemologia da Linguagem e Jornalismo Científico.

A cidade perversa
Prof. Fernando Hartmann

Professor Fernando Hartmann é professor da Universidade Federal de Rio Grande – FURG, diretor de Ensino e Pesquisa da Associação Clínica Freudiana de São Leopoldo e membro da Association Lacanienne Internationale. Realiza suas pesquisas nas áreas de Psicanálise, Educação, Lingüística e Análise de Discurso.

Notas sobre a subjetividade contemporânea
Prof. Lauro Baldini

Professor Lauro Baldini é professor do Mestrado em Ciências da Linguagem da Univás. Suas pesquisas situam-se na área de Análise de Discurso, trabalhando na articulação entre esta disciplina e os campos do Materialismo Histórico e da Psicanálise.

RESUMOS

Conferência

Palavras da guerra e guerra das palavras: a linguagem bélica de Paolo Sarpi (pensador político e consultor in iure da República de Veneza no início do século XVII
Romain Descendre (ENS-LSH de Lyon, França)

Depois dos anos 1606-1607, quando se deu um áspero conflito que opôs o Papa Paolo V e a República de San Marco, Paolo Sarpi continuou a instigar uma enérgica política anti-papal. Esta se afirmou, sobretudo, com suas obras: "Istoria delli Interdetto" e "Trattato delle materie beneficiare". Observa-se aí a onipresença do léxico bélico. Na situação incerta entre guerra e paz, Sarpi se mostra claramente favorável à guerra, com a finalidade de abater se não o catolicismo romano ao menos o totatus pontificial apoiado na Monarquia espanhola. O léxico da guerra vai ultrapassar o âmbito militar. E é essa análise que será apresentada.

Mesa-redonda

Por uma teoria discursiva da resistência do sujeito
Eni de Lourdes Puccinelli Orlandi (Univás)

A partir da elaboração que propusemos da teoria discursiva do sujeito (E. Orlandi, 2001), em que estabelecemos dois movimentos articulados, o da interpelação do indivíduo em sujeito pela ideologia e o da individualização dessa forma sujeito, assim constituída, pelo Estado, vamos considerar como e porque se abre a possibilidade de falhas e rupturas onde o sujeito resiste. E situamos essas possibilidades no segundo movimento (sem desligá-lo do primeiro), na relação do sujeito com o Estado e a Sociedade, tanto face sua constituição como forma sujeito histórica quanto em seus modos de individuação.

A cidade perversa
Fernando Hartmann (FURG)

Existem mecanismos, discursos, perversos que influenciam hoje o funcionamento de nossas cidades? Podemos falar de um processo de desubjetivação, quer dizer, ocuparmos mais o lugar de objeto do que de sujeito na vida política e social? Que estranho gozo seria esse de abrir mão do lugar de sujeito e se submeter quase totalmente aos discursos do liberalismo, toxicomania, pornografia, enfim lugares em que enchemos a boca para não falar? Consumimos e nos consumimos. Proponho discutir estas questões com base na análise de discurso e psicanálise devido à urgência do tema e a concepção de sujeito destas teorias.

Notas sobre a subjetividade contemporânea
Lauro Baldini (Univás)

Pretendemos abordar as mutações contemporâneas da subjetividade, relacionando-as ao campo da análise de discurso. Procura-se pensar o funcionamento ideológico a partir de uma perspectiva que leva em conta que, no funcionamento da sociedade contemporânea, os modos de subjetivação e identificação sofrem uma modificação importante para os procedimentos de análise discursiva. Para tanto, são trazidos para a reflexão autores contemporâneos que procuram abordar tais questões e propõe-se uma relação entre o conceito psicanalítico de fetiche e de estrutura perversa e o funcionamento do discurso na sociedade atual. Tais reflexões indicam que estamos diante de um novo modelo de poder, que opera de maneiras diferentes, e que isso traz consequências para uma teoria materialista do discurso, pois o que se opera, fundamentalmente, é uma relação diferente dos sujeitos com o discurso.

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